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Carol Trentini, Enzo Celulari, Duda Beat e muito mais: por que esta temporada de SPFW é dos castings hypados?

  • aliciabgouveia12
  • Feb 19, 2024
  • 3 min read

Updated: Apr 24, 2024

por Alicia Gouveia




Entre os nomes estrelados que cruzaram as passarelas desta edição da São Paulo Fashion Week, Duda Beat, Xamã, Marina Sena, Camila Queiroz e Enzo Celulari são apenas alguns. Isso sem mencionar a supermodelo brasileira Caroline Trentini, a drag queen Bianca DellaFancy e os ex-BBB's Camilla de Lucas, Paulo André e Pedro Scooby. É, de fato, esta foi a edição dos castings hypados.


De influenciadores digitais a artistas com alcance nacional, como em um insight coletivo, as marcas decidiram investir em seus relacionamentos e convidaram à passarela personalidades que refletem a essência de suas criações.



"Vivemos em um meio midiático. Ter a força das celebridades para uma marca do tamanho da minha é importante para que a gente ganhe mais visibilidade", diz Rafael Silvério, estilista à frente da label que leva seu sobrenome, acrescentando que o movimento é uma via de mão dupla: "Eles também acabam ganhando um certo refinamento e sendo incluídos em um espaço que sempre foi excludente para alguns nomes. A gente sabe que, antes, as celebridades convidadas não eram ex-BBB's, mas atrizes globais. Faz parte do nosso papel, enquanto uma marca que fala de diversidade, mostrar que essas personalidades também são dignas desse lugar". 



Airon Martin, fundador e diretor criativo da Misci, que na última edição já tinha iniciado seu desfile com ninguém menos que Sasha Meneghel, este ano contou com a participação de uma turma para lá de especial: "São pessoas que fazem parte da marca, ninguém caiu ali de paraquedas. Enzo [Celulari] é um cliente querido, já vestimos o P.A. algumas vezes e a Duda Beat, além de ter uma consciência de classe social tremenda, também é cliente e veste a marca. Enfim, todos têm um sentido ali dentro. É muito importante para mim ter gente ao meu lado que conheça e valorize a Misci, pessoas que buscam entender a importância da moda e da indústria nacional".


O designer ainda ressaltou a importância de ter Carol Trentini, que abriu e fechou seu desfile, participando da maior fashion week do país. "Ver esse nome tão importante da moda mundial, usando a mesma matéria-prima que ela usaria em qualquer grande grife, vestindo uma peça de design nacional e feita por uma marca brasileira representa muita coisa. Além disso, ela é uma modelo de muita identidade. Então, a colocamos em roupas que ela usaria, que têm sentido com ela", afirmou.



Para a goiana Naya Violeta, diretora criativa da marca homônima, que levou a líder indígena Sônia Guajajara, Carmem Silva e Bela Gil para a passarela, este movimento potencializa um Brasil no qual se pode acreditar. "Ter dona Jacira, que além de mãe do Emicida é uma multiartista que admiro muito, contando que antes só era chamada para ser doméstica, é um aquecimento para o coração e uma certeza de que estamos ocupando outros lugares. Estamos construindo um novo imaginário com figuras que são relevantes para mim e para os meus. Nossas escolhas tiveram esse viés e foi grandioso fazer isso com nomes de peso, como [a cantora e compositora] Héloa, Harlley [que integra o Quebrada Queer, coletivo de rap LGBTQIA+], Isis Broken e Aqualien, um casal trans que têm um bebê e são a família do Brasil, aquela que por muito tempo a gente não quis olhar", diz a estilista.





Quem fecha a edição N53 da semana de moda paulistana neste sábado é Isaac Silva com um desfile que promete ser um verdadeiro espetáculo. No casting, apenas nomes de peso - é claro! A apresentação começa com Majur e um grupo de amigas drags e trans de Isaac, levantando a bandeira LGBTQIA+, seguidas pela médica e campeã do BBB20, Thelma Assis, a modelo Rita Carreira e a influenciadora Thaynara OG. Além delas, a ativista Janice Ferreira da Silva, mais conhecida como Preta Ferreira, Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil, Samantha Almeida, diretora de criação dos Estúdios Globo, a vereadora Erika Hilton e a homenageada Márcia Pantera também cruzarão a passarela.


"Acredito que nós, estilistas, estamos colocando pessoas que não são modelos profissionais porque elas têm algo a ver com a nossa história. No meu casting, tem personalidades que gostam de moda, apoiam a marca e gostariam de se ver na passarela", disse Isaac à Vogue. "Quando a gente coloca algum artista ou influenciador nessa posição é para mostrar para quem está assistindo que eles também são capazes de desfilar e fazer parte desse momento", concluiu.




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